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[BMO] Sadie Gray Heckermann e Daniel A. Daskov - A special search


Sadie Gray Heckermann
Filhos de Éolo

Publicado por Sadie Gray Heckermann Seg Out 22 2018, 00:23


Tópico destinado as BMO's realizadas por Sadie Gray Heckermann e Daniel A. Daskov relacionadas a sua missão conjunta em busca de um semideus necessitado de ajuda.
                          
                           
                             Sadie Gray Heckermann                         
Sadie Gray Heckermann
                           
Filhos de Éolo
                         
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Ficha do Semideus
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Nível: 5
Sadie Gray Heckermann
Filhos de Éolo

Publicado por Sadie Gray Heckermann Ter Out 23 2018, 21:41


Sadie Gray Heckermann não era o tipo de garota que ousava desistir no meio do caminho. Mesmo com todo o cansaço do dia anterior pairando sob seu corpo, a moça se negou a permanecer na cama mais do que o necessário. Prometera participar do treino da manhã e assim o faria, mesmo que isso significasse ter de passar um tempo extra nos jatos de água quente ao anoitecer. Trajando as vestes que haviam se tornado habituais ao seu dia a dia, focou seus olhos na imagem diante do espelho. Nem mesmo ela conseguia encontrar resquícios da garota elegante que fora, na imagem diante de si.

-Sadie, Sadie!- os olhos da garota seguiram em direção ao garoto que entrara correndo. Mateo não era muito mais novo que ela própria, mas definitivamente mais imaturo. –Quíron exige sua presença na casa grande- anunciou o rapaz olhando para a moça com uma leve inveja estampada em seus olhos. Quando um semideus era chamado a casa grande, todos sabiam que haviam apenas duas opções. Ou ser punido por alguma atividade ilegal realizada ou escolhido para uma missão que provaria seu valor, tanto para o acampamento quanto como semideus.

Mesmo nova ali, Sadie conseguia compreender a importância daquele feito, simplesmente pelo teor do que via estampado na face das pessoas ao seu redor. Respirando profundamente, a moça passou pela porta do chalé. Chegar até a casa grande, não foi nenhuma dificuldade. Não tendo muitos conhecidos, Sadie não obteve a obrigação de fazer paradas que pudessem atrasar seu percurso. Foi inevitável que a sobrancelha esquerda da moça se arqueasse ao avistar um Quíron impaciente posicionado a entrada da varanda da casa.

-Sadie. Temos um problema que deve ser tratado com descrição. Eu sei de sua pouca experiência, mas ainda assim consigo ver seu potencial. Há um dos nossos precisando de resgate e você prole de Éolo, foi uma das pessoas selecionadas para essa missão- dando uma pausa Quíron deu um passo para trás permitindo que Sadie se aproximasse um pouco mais. –Nosso oraculo predisse uma jornada difícil, uma jovem união da noite com o dia não será fácil de ser convencida- anunciou desviando seus olhos dos da moça quando passadas puderam ser escutadas.

Virando sua cabeça discretamente em direção ao barulho Sadie, pode encontrar um rapaz de tez levemente bronzeada pelo sol, junto a um sátiro. Não negaria que o rapaz era belo, assim como parecia esconder muitos mais segredos do que ela estava disposta a descobrir naquele momento. A semideusa ouviu atentamente cada palavra dita pelo centauro, mas em sua mente a união da noite com o dia se mantinha firme. Aquele tipo de união por ser antinatural tendia a causar estragos. Ou na personalidade, ou nas confusões despertadas por um semideus daquele teor.

-Deixa eu adivinhar, os iroquois não serão receptivos? - questionou Sadie após ouvir a respeito do local aonde teriam de procurar pela semideusa. Seria uma longa jornada, em busca da garota Cherokee. –Não se preocupe Sadie, encontrei os companheiros certos para que essa jornada seja tão segura quanto possível. Sugiro que montem suas provisões, vocês têm alguns dias para completar essa jornada antes que seja tarde demais- anunciou o centauro apontando para os dois semideuses e para o sátiro. Assentindo com a cabeça de maneira positiva, Sadie focou seus olhos nos futuros companheiros de jornada.

-Preciso me preparar e creio que vocês também precisem. Nos encontramos em vinte minutos em frente ao pinheiro de Thalia- disse a moça não esperando por uma resposta, antes de iniciar uma corrida em disparada em direção ao chalé. Não havia trazido muito consigo de casa, mas acreditava ter trago o suficiente para conseguir montar uma mochila suficientemente bem preparada.  Procurou pela mochila negra que a mãe insistira em colocar em sua mala e jogou dentro dela tudo que acreditava ser necessário. Uma garrafa de água potável, néctar, ambrosia, alguns dólares, alguns dracmas, um par extra de roupas não muito pesadas para que não tivesse problemas com o peso que carregaria, sua faca e seu bastão, seus documentos e a carteira de motorista recém-tirada.

Sadie sentia certo orgulho de ter conseguido convencer sua mãe de que era uma boa ideia permitir-lhe abandonar o motorista familiar, e aprender a dirigir por si só. Dando-se por satisfeita com o que havia separado fechou a mochila e puxou um casaquinho de frio colocando-o sob os ombros antes de sair para fora do chalé. As passadas que a guiaram em direção ao ponto acordado eram mais ansiosos do que qualquer outra coisa.  Não tardou para que seus companheiros de missão chegassem, o sátiro carregando uma mochila parecendo muito mais pesada do que a carregada pela moça enquanto o semideus nada parecia trazer consigo.

Uma chave foi jogada em sua mão por Quíron fazendo com que Sadie arqueasse suas sobrancelhas em desentendimento. Compreendia a conotação daquilo mas ao mesmo tempo não tinha certeza de que poderia fazer um trabalho bom o suficiente com a pouco experiência com a qual contava. Ao escutar o bufo provindo do rapaz certamente descontente com a situação, Sadie deu de ombros encaminhando seus passos em direção ao estacionamento do acampamento. Apertando o alarme, a moça entreabriu seus lábios ao notar o carro ao qual a chave pertencia. Mesmo não compreendendo absolutamente nada sobre carros, Sadie sabia reconhecer quando um espécime era de luxo.

Abrindo a porta do motorista, sentou-se atrás do volante e esperou que os outros ocupassem seus lugares, antes de jogar sua mochila no banco de trás e dar partida no carro. Dando marcha ré, a moça logo deu inicio a subida pela colina meio sangue. –Okay, bússola. Para onde?- questionou a moça olhando para o filho de Thanatos pelo retrovisor do carro. O sorriso de desdém que se formou nos lábios da moça com o apelido, só não foi mais cómico do que a quantidade de tempo que teriam de rodar pelas estradas americanas com o carro. –O que Daniel? Contas para pagar?- perguntou Sadie utilizando o retrovisor outra vez para poder observar a feição do rapaz. Bufando pela nova informação Sadie optou por focar seus olhos na estrada a frente.

Entrando na Jackson Avenue, Sadie se permitiu ignorar os arredores por alguns instantes. A brisa suave que tocava sua face devido a janela aberta, fazia com que um sorriso se prontificasse em seus lábios. O cheiro de mar deixava o ar ainda mais apreciativo, sendo filha de Éolo, aquela brisa fresca trazia a ela ânimo e coragem para continuar. Virando a esquerda a moça seguiu pela Borden, indo para Newton Creek. Teriam uma longa viagem pela frente. — Não deveria propagar a violência, guardião. — Sadie sorriu ao retrucar a frase dita pelo semideus.  O lago, a muito tempo poluído era apenas um dos muitos traços deixados pelos humanos na natureza.

Revirando seus olhos, a semideusa observou pelo canto do olho o rapaz comia algo muito parecido com uma enchilada. Mesmo tentando se focar unicamente na estrada a sua frente, era inevitável para Sadie perder-se na paisagem de vez em quando. Nem mesmo ela conseguia acreditar que tanto tempo se passara desde que as ruas de Manhattan eram seu único ambiente para um passeio ao anoitecer.  Perdida em si mesma, a moça se sobressaltou ao ver o sátiro se empertigando pelo espaço entre os bancos com o óbvio intuito de ligar o rádio. O silêncio possivelmente deixando os pensamentos altos demais, em suas mentes já preocupadas com o que viria pela frente.  

A voz não tão suave se fez presente no carro, a batida da música incitava os que se encontravam no carro a se movimentaram em seu ritmo. –Geralmente quem dirige é que escolhe a música, mas vou deixar passar dessa vez viu D’evil- anunciou Sadie observando o sátiro que parecia prestes a se entregar aos instintos trazidos à tona pela música. Segundos mais tarde, quando de fato o sátiro começou a se movimentar ao som da música, a semideusa não conseguiu conter sua própria risada ao ouvir a risada de seu companheiro de travessia. –Olha, Daskov. Ele tem gingado- zombou a moça soltando uma gargalhada em seguida.

O sátiro entretanto era confiante demais a respeito de si próprio para permitir que as palavras dos semideuses tivessem qualquer efeito negativo sobre si. Mesmo com as risadinhas e comentários, seus movimentos foram se tornando cada vez mais abertos e ousados. Ele parecia animado com a oportunidade recebida pelo Conselho de Anciões de Casco Fendidos, não era sempre que um sátiro conseguia sair em uma missão de busca como aquela. Pisando fundo, Sadie se permitiu dirigir sem que outras distrações se interpusessem em seu caminho, mesmo que motoristas imprudentes fossem muito mais comuns em autoestradas do que ela gostaria de admitir.

Aos poucos, Nova York dava adeus aquela pequena excursão. As construções exorbitantes em dinheiro e tamanho iam desaparecendo e a estrada ganhando ainda mais espaço. –D’evil pegue a carteira dentro da minha mochila no banco de trás- anunciou Sadie para o sátiro ao seu lado, ao avistar a placa que indicava a proximidade do primeiro dos pedágios que encontrariam. Estacionando o carro o mais próximo possível da cabine onde se encontrava o cobrador, a moça retirou uma nota de cinquenta dólares entregando-a para a funcionária do estado. –Primeiro pedágio espertinho. Hora de trocarmos- disse a semideusa recebendo seu troco com um sorriso de agradecimento nos lábios.

Sadie viu quando o rapaz passou a mão pelos olhos tentando se concentrar nas palavras que haviam sido ditas por ela. Optando por deixa-lo despertar de vez, dirigiu por mais alguns metros encostando o carro no acostamento para que pudessem fazer a troca. Ele descansara o suficiente desde que havia resolvido deixar o banco de carona ao seu lado, para ficar mais confortável no banco de trás. Abrindo a porta, alongou-se antes de entrar pela porta deixada aberta pelo semideus. — Temos que revezar ou eu ficarei muito cansada dirigindo. — Ela o encarou e ele assentiu em entendimento. — Sabe dirigir, certo? – questionou antes de encostar sua cabeça na janela.

O sono ainda não chegara ainda quando ela começou a escutar os sussurros trocados entre os dois garotos ocupando os bancos da frente. Ela não ignorava, entretanto que a brisa trazia indícios de que algo deveria estar errado, muito tempo se passara e nenhum ataque havia ocorrido. Haviam dois semideuses ali, seria uma ilusão acreditar que os perigos não se aproximariam em algum momento. - Existe uma história dos índios cherokee… —  sussurrou Daniel fazendo com que Sadie se desprendesse de seus pensamentos e focasse seus olhos na figura do rapaz refletida pelo espelho. — Ela falava sobre o cacique de uma grande aldeia. Um dia, ele decidiu que era hora de orientar o seu neto para a vida. Ele o levou para o meio da floresta e o sentou no tronco de uma árvore —continuou o rapaz fazendo com que os olhos de Sadie brilhassem em entendimento. Ela já ouvira aquela história antes, por mais estranho que fosse aos seus olhos o avô tendia a contar mitos encontrados em sua intrigante coleção de livros.

— Ele olhou para o garoto e disse ''filho, existe uma batalha sendo travada dentro da mente e do coração de todo ser humano. Embora eu seja um velho e sábio cacique, o líder da nossa tribo, essa mesma batalha é travada dentro de mim. Se você não souber dessa batalha, perderá o juízo.''- o rapaz continuou soltando um suspiro em seguida, a placa indicando os poucos metros que os afastava da Pensilvânia chamou a atenção de Sadie por alguns instantes antes que seus olhos voltassem a figura do semideus que após uma pausa continuou a falar.

— ''Você nunca saberá que direção tomar'' ele disse. ''Às vezes, vencerá na vida e, depois, sem entender o porquê, perceberá que está perdido, confuso, com medo, arriscado a perder tudo o que trabalhou para ganhar. Você vai achar que tomou a escolha certa mas vai perceber que tomou a decisão errada. Se não entender as forças do bem e do mal, a vida individual e coletiva, o verdadeiro eu e o falso eu, você viverá a vida em um grande tumulto” – a voz de Daniel se tornara tão séria, que era inevitável não se focar no que era dito por ele.

— Nossa, que complexo. O que mais o velho disse?- sussurrou D’evil parecendo tão entusiasmado com a  história quanto uma criança ouvindo pela primeira vez o conto de fadas que viria a se tornar sua história favorita. — Ele dizia que é como se existissem dois lobos vivendo dentro de cada um. Um branco e um preto. O branco seria o bom, gentil e que não faria mal a ninguém. Vive em harmonia com tudo a sua volta, e não se ofende se a intenção não era ofender. Ele era sensato e certo de quem é e do que é capaz, briga apenas quando é o certo a se fazer. É ele quem toma conta da matilha, nunca se desvia de sua natureza- anunciou o rapaz parecendo se sentir confiante a continuar já que recebia a atenção de seus companheiros de viagem.

— E o preto é ruidoso e zangado, descontente ciumento e medroso — completou Sadie tomando coragem de se integrar ao que era dito. — Com qualquer coisa ele se enche de fúria. Briga com todos, o tempo todo. Não pensa com clareza pois sua ganância está sempre a frente — anunciou soltando um suspiro. Era como se ela estivesse de volta ao escritório do avô, costas eretas, olhos focados nos do homem mais velha, a curiosidade dominando cada um dos seus sentidos. — Sim. — Daniel concordou. — Uma raiva infrutífera, que não leva a lugar algum. Sempre procura confusão onde quer que vá, não confia em ninguém nem tem amigos- disse Daniel esboçando um pequeno sorriso de canto.

— Ok, acho que sou o lobo preto. — D'evil comentou, ao ouvir a história. Sadie deu uma risadinha com as palavras ditas pelo sátiro notando que ele não compreendia de fato a profundidade daquela lenda em questão. — Não acho, amigo- discordou Daniel fazendo com que Sadie assentisse em concordância no banco de trás. — O velho cacique olhou para o neto por um tempo mas logo continuou a falar. Ele disse que era difícil conviver com esses dois lobos pois eles sempre ficavam brigando entre si. O neto olhou para ele e perguntou: Qual dos dois vence, vovô?- anunciou o rapaz dando ênfase na pergunta.  

— O que o velho respondeu?- perguntou D’evil se deixando ser dominado pela curiosidade. — Os dois —Sadie respondeu lembrando-se claramente do que seu próprio avô havia dito. — Se alimentar muito o lobo branco, o lobo preto ficará a espreita esperando sair do equilíbrio e ou ficar ocupado demais para dar atenção as responsabilidades, causando muitos problemas. O lobo preto vai ficar com raiva, querendo a atenção que não está sendo dada—disse a moça deixando que um sorriso se formasse em seus lábios.  — Mas se prestar atenção no lobo preto, compreender sua natureza, ele ficará feliz em ajudar. Então, ambos vencerão. Todos vencemos- finalizou olhando pela janela, quem a visse naquele momento diria que Sadie tinha seus pensamentos longe dali. E teriam razão.

— Não entendi — falou D'evil demonstrando sua confusão.  — O neto também não — respondeu Daniel notando que a moça não se apresara em continuar. — Entenda, o lobo preto também tem qualidades que você pode precisar dependendo da situação. Ele é feroz, corajoso e não deixará ninguém subjugar, nem por um segundo. Ele é inteligente, astuto e capaz dos pensamentos e estratégias mais tortuosos, o que é importante em tempos de guerra. Ele tem os sentidos aguçados e superiores que só aqueles que olham através da escuridão podem apreciar. Em meio a um ataque, ele poderia ser o nosso maior aliado- explicou olhando para o sátiro por um breve instante antes de continuar a olhar para frente.  

— O cacique então tirou da sua bolsa alguns pedaços de carne defumada e colocou-os no chão, um à direita e o outro à esquerda. Ele apontou e disse: ''A minha esquerda está a comida para o lobo branco e à minha direita está a comida para o lobo preto. Se eu optar por alimentar os dois, eles não brigarão mais pela minha atenção, e eu poderei utilizar cada um deles como precisar. E como não haverá guerra entre eles, poderei ouvir a voz da minha sabedoria profunda e escolher qual dos dois pode me ajudar melhor em cada circunstância. Se a sua avó quer uma carne para fazer uma refeição especial e eu não cuidei disso como deveria, posso pedir para o lobo branco me emprestar a sua magia e consolar o lobo preto da sua avó, que estará zangada e faminta. O lobo branco sempre sabe o que dizer e me ajudará a ser mais sensível às necessidades dela”- murmurou Sadie parecendo voltar de onde quer que sua mente a levara.

— No fim das contas, tudo se trata de equilíbrio. — D'evil falou fazendo com que Sadie desse um sorriso ao observar que o sátiro finalmente havia compreendido. — Sim, no fim das contas, tudo se trata de equilíbrio- confirmou Sadie olhando pela janela em uma tentativa de tentar identificar aonde estavam, não obtendo sucesso virou seu corpo em direção ao rapaz que dirigia. — Daniel, onde estamos?- questionou a semideusa, assentindo brevemente ao ouvir a resposta. Columbus. Apenas uma das cidades pelas quais eles haviam passado e ela jamais ouvira falar.

Conforme observava a paisagem pela janela, os olhos de Sadie foram ficando pesados, até que nada além de escuridão pudesse ser vista pela semideusa. Entrega ao mundo de sonhos, Sadie nada conseguia ver das coisas que ocorriam ao seu redor. Nem mesmo notou quando o carro foi parado para um abastecimento rápido, os garotos saindo e entrando novamente no veículo. Mas em seus sonhos, tudo era muito diferente. Um campo esverdeado se estendia por todos os lugares por onde a semideusa pudesse olhar. O cheiro da natureza se mistura aos fortes ventos que a rodeavam parecendo querer brincar com sua pessoa.

O sorriso que se estendeu por seus lábios seria contagiante para quem quer que resolvesse se aproximar. Seu coração batia acelerado, sentindo que aquela era a paz pela qual sempre havia procurado. –Eu não vou ir- a voz sussurrante chamou a atenção de Sadie fazendo com que seus olhos se movessem pela campina, buscando encontrar a quem pertenciam aquelas palavras. Não tardou em encontrar uma garota de pele caramelada, olhos de castanho profundamente claros e cabelos em uma tonalidade negra tão lisos quanto possível. –Não vai?- perguntou a semideusa de maneira confusa.

-Vocês estão vindo me buscar. Eu não vou! Eles não vão conseguir se livrar de mim, não vão!- o grito da garota assustou Sadie, entretanto o impacto sob seu corpo foi o grande responsável por acorda-la. Sua mão foi levada ao pescoço, o susto evidente em sua expressão confusa.  A dor veio segundos depois, mas Sadie não notou nada parecido com um ferimento. Sua mente gritava que eles estavam sendo atacados. Não conseguindo raciocinar rápido o suficiente a semideusa envolveu sua mochila com as mãos e seguiu o caminho feito por Daniel.  Uma risada exasperada foi tudo que antecedeu a chegada de seu atacante.

O homem possuía pele pálida e olhos de um violeta tão profundo que chegava a causar arrepios. Mas o que chamou a atenção de serem foram as olheiras protuberantes que pareciam querer fazer com que os olhos saltassem do rosto. Não saberiam dizer o que aquele homem era, mas obviamente não era nenhum dos monstros vistos nas aulas de mitologia clássica ofertadas pelo acampamento meio-sangue.  As palavras que se seguiram foram ditas em uma voz grossa e ríspida, Daniel parecia entender muito mais da situação que a pobre Sadie.


— Como assim? — perguntou Sadie de maneira ansiosa. Queria uma explicação e Daniel parecia tê-la. O rapaz dissera algumas palavras relacionadas a um mito. Os mitos pareciam persegui-los e isso começava a incomodar Sadie. — Daniel, do que você está falando? — sussurrou Sadie ao findar das palavras do rapaz. Skinwalker. Dentre todas as lendas contadas por seu avô, Sadie nada conseguia se lembrar de algo que envolvesse aquele nome. Não houve tempo para formar uma estratégia, o mago lançou seu primeiro ataque sem que a moça pudesse se quer formar em sua mente o que desejava fazer. A esfera de cor arroxeada foi lançada em sua direção, apenas seu instinto de sobrevivência havia feito com que ela não fosse atingida covardemente.

Daniel entretanto, não havia obtido a mesma sorte. Mesmo com a dor sentida pelo rapaz, o mesmo não perdeu tempo. Enquanto Sadie se levantava o semideus puxou seu bastão pronto a desferir os primeiros ataques em direção ao seu oponente. Em uma tentativa inútil de ajudar o rapaz, a semideusa pegou sua faca de prata e começou uma corrida desenfreada em direção ao oponente. A confusão se fez presente quando após ajuntar suas mãos o mago fez com que nascessem duas cópias de si. Eram tão idênticas que seria impossível identificar quem de fato era o mago real.

Sadie sabia, entretanto que Daniel estava certo. Apenas se conseguissem derrotar as três faces do Skinwalker teriam uma chance de enfraquece-lo. Não mata-lo, mas deixa-lo desacordado por tempo o suficiente para que conseguissem fugir.  Segurou sua faca com firmeza e fez os primeiros movimentos em direção ao mago, como não tinha o elemento surpresa ao seu favor, teria de trabalhar com aquilo que obtinha.  Jogou a faca na direção do mago que desviou com facilidade esboçando um sorrisinho zombador na direção da moça.

Antes que o sorriso desaparecesse de seus lábios entretanto, bolas de energia escura foram lançadas em direção a semideusa. Sadie não teve tempo de desviar, soltando um grito de dor ao sentir a queimação em sua barriga e em seus braços. Teria se entregue a dor, se não soubesse que a continuação de sua missão dependia do sucesso naquele pequeno momento. Respirando profundamente, segurou as lágrimas e começou a trabalhar em seu poder sobre os ventos. Controlando a corrente de ar, Sadie fez com que essa atacasse seu oponente ao mesmo tempo em que a faca ao chão foi levitada se ficando diretamente no peito do clone. O clone caiu ao chão com a força usada pelos ventos e a faca foi fincada em seu peito.  Se aquele fosse o mago real teria obtido mais poder para poder se levantar, mas como não era o que ocorreu a seguir foi apenas uma lembrança que a força do mago precisaria de recarga tanto quanto eles próprios.

Tudo não durou mais que alguns minutos, antes que o clone se desfizesse juntando-se ao seu amo. Deixando a lâmina cair sob o chão, Sadie puxou sua mochila abrindo-a em busca da garrafa de néctar. Alguns goles foi tudo o que precisou para se sentir bem novamente, o sabor do refrigerante de uva preenchendo seus sentidos. Se sentindo bem o suficiente, a moça caminhou em direção aos companheiros, colocando a mochila nas costas. Antes de avaliar os estragos. Daniel parecia ter curado de suas próprias feridas, enquanto o sátiro não parecia ter recebido nenhum prêmio indesejado da luta.  

-Vamos antes que ele acorde- anunciou Sadie respirando pesadamente. O cansaço evidente após a luta que travara com o clone. Se não estivesse tão cansada, possivelmente teria sacudido o sátiro para que ele compreendesse a situação na qual se encontravam, mas como aquele nem de longe era caso, se contentou em respirar profundamente. –Não temos tempo para isso!- anunciou em resposta ao protesto de D’eviel. Segurando o braço de Daniel, Sadie o ajudou a se levantar. A moça nunca antes se vira obrigada a caminhar tão rápido, quanto nos minutos que se sucederam.  

[...]

Caminharam por tanto, que Sadie já não sabia dizer se suas pernas doíam pela atividade física excessiva ou se pelo impacto do acidente que havia ocorrido com o carro. Tudo o que a moça mais desejava, era jamais ter saído do conforto que o acampamento meio-sangue fornecia. Seu sopro de esperança veio na forma de um senhor já de idade, que sem sucesso tentava trocar o pneu de seu carro. Dando um cutucão em D’evil a moça fez um sinal indicando para que ele fosse até o homem. O sátiro não precisara de uma explicação para compreender o que a moça desejava que fosse feito.

Mordendo seu lábio inferior com ansiedade Sadie observava a feição de desconfiança e medo do velho homem. O suspiro que se retirou de seus lábios com aquela pergunta sussurrada foi tão audível, quanto uma prece feita aos deuses em um momento de desespero. –Missouri- murmurou em resposta buscando despertar a confiança daquele que poderia ajuda-los. Assentiu mostrando sua satisfação com o local onde seriam deixados, por mais desconfiado que o homem estivesse resolvera dar a eles o benefício da dúvida e aquilo era muito mais do que esperava. Só de não terem que andar por todo o caminho até lá, já se sentia mais que satisfeita. –Próximo a San Louis é mais que suficiente, muito obrigada- anunciou adicionando seu agradecimento as palavras ditas por Daniel.

Aceitando a ajuda de D’evil para subir na traseira do caminhão Sadie se acomodou próxima aos dois garotos. A carga carregada pelo senhor de idade não era nada confortável, mas como não havia nada melhor a ser utilizado a garota preferiu manter seu desconforto para si mesma. Teriam ainda alguns quilômetros para percorrerem antes de chegar ao seu destino final.

[...]

Assim que o caminhão foi parado, Sadie pulou para fora seguindo pelo caminho indicada por D’evil. Estava tão necessitada de um banho e de uma refeição descente que nem se quer cogitou reclamar da sugestão de hotel apontada pelo sátiro. Ajeitou a mochila em suas costas, e deu os primeiros passos na direção do local. Sadie poderia não saber naquele momento, mas sua jornada estava muito mais longe de terminar do que ela imaginara.

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Sadie Gray Heckermann
                           
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Trívia
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Publicado por Trívia Ter Nov 06 2018, 22:07

Heroes of Olympus

Olá crianças. Parabéns pela emocionante história que estão desenvolvendo! Adorei a escrita de ambos e a forma como me prendeu durante toda a leitura. Adorei! Espero pelo próximo capítulo!

Ortografia – 4/5
Criatividade – 5/5
Coerência – 5/5
Ações realizadas – 5/5

- Daniel
500 XP
500 Dracmas  
- 15 energia
- 10 HP

- Sadie
500 XP
500 Dracmas  
- 15 energia
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